Me fitava como se soubesse o que se passava em minha cabeça. Desviava todo o tempo seu olhar. Olhar cheio de perguntas, procurando achar respostas no meu. Eu repetia que nada havia, em vão. Ele continuava a perguntar.
Eu, repleta de sentimentos inquebrantáveis por aquele Ser, precisava manter-me firme quanto sua partida. Eu disse que não me permitiria chorar mais uma vez por alguém que desejasse ir embora assim, afinal, a vida é feita de escolhas. Mas ele insistia, parecia não compreender.
E por fim, disse nada haver - tentando deixar claro não só a ele, mas à mim.
Não há nada.
Nada.
Porém, um nada tão cheio de tudo.