terça-feira, 9 de agosto de 2016

HE

(nan)
Ele que surgiu como quem ressurge das cinzas.
Pessoa que em nada me acrescentava e hoje tanto me soma.
No pouco.
Nas entrelinhas.
Eu que nunca liguei pro extraordinário, vi nele o ordinário perfeito.
O mar que em mim se torna turbilhão de sentimentos,
Me faz imaginá-lo como um oceano sem fim.
Vi nele pretensão alguma,
Que causou total efeito em mim.
Naqueles olhinhos pequenos, enxerguei uma imensidão em Pessoa.
Em conversas aleatórias, me vi presa.
A sintonia era inimaginável e os gostos se complementavam.
Em casca me fiz dura, enquanto por dentro derretia.
E aos poucos transparecia.
Fugi como diabo foge da Cruz.
Amar não, amor não é pra mim.
Não mais.
Nem um pouquinho, nem um montão.
Em vão.
Todo lugar que olhava,
O via, encarando a mim.